POSTO R7

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

BR-319 -FUSCA 1974ADVENTURE NA FLORESTA AMAZÔNICA


Deixamos Porto Velho  para trás ao cruzarmos o Rio Madeira e iniciarmos o duvidoso trajeto pela BR319. Ao mesmo tempo estávamos apreensivos e empolgados! Havíamos escutado diversas estórias sobre esse trecho . . . algumas tranqüilas e outras preocupantes. Não tinha jeito, havia chegado a hora de vermos as condições das pontes, torcendo para não termos que retornar e recorrer a mais um trajeto de barco pelo Rio 
Madeira.

Nos preparamos para o pior, estocando enlatados, abastecendo o tanque de gasolina até a boca e levando também um galões de gasolina extra para garantir. Pode parecer exagero, mas estávamos sozinhos e caso chegássemos a uma das últimas pontes e a mesma estivesse totalmente quebrada, teríamos que dar meia volta e re-fazer o percurso. Não queríamos ser pegos desprevenidos!

Após cruzarmos a primeira balsa,  depois de 200 kms chegamos a cidade de Humaíta-AM
, vimos à placa indicando “AM-BR319″ e “MANAUS 670 km”, era o início! Enquanto esperávamos NO KM 180, aproveitamos para fazer um lanche. Até aqui, tudo estava bem tranqüilo, mas em pouco tempo já percebemos que não ia ser fácil, pois a estrada foi piorando e as pontes aparecendo.
Cruzamos com uma Kombi que vinha de Manaus e conversamos brevemente com eles. Perguntamos sobre a situação das pontes no caminho e,  eles responderam “O pio trecho esta por vir um caminhão do exercito caiu de cima da ponte!”. Que notícia boa heim, era melhor não ter perguntado!
Seguimos bem irrequietos, mas para nossa sorte as primeiras pontes tinham apenas uma falha ou outra para desviar, mas a estrutura estava sólida, sem sérios problemas. Essa tranqüilidade não durou muito e aos poucos foram surgindo pontes completamente destruídas. Tivemos que “re-construir” algumas pontes, especialmente as entradas e saídas, pois devido às madeiras soltas e pregos expostos, perigava danificar seriamente o carro. Por isso, sempre parávamos, descíamos do carro, analisávamos a situação e “ajeitávamos” o que fosse necessário. E sempre, um de nós ficava fora do carro direcionando quem estivesse dirigindo.

Nosso primeiro susto foi  a noite  quando tivemos de cruzar várias pontes destruidas  fomos alertados por várias pessoas , mas a sensação de ouvir o causo e ver ao vivo é completamente outra. O que fazer? Seguir nosso plano de ataque . . . verificamos tudo e fomos com fé e concentração. Apesar do nervoso e a mão suando frio, deu tudo certo!

Na travessia das pontes você tem que ter total controle do veículo, pois cada movimento é mínimo e não pode haver erro porque senão o pneu pode cair no buraco e o carro ficar preso. Às vezes atravessávamos em 1ª marcha reduzida! Ao mesmo tempo, existe a teoria de acelerar caso a ponte comece a desabar . . . mas como fazer isso em 1ª reduzida? Um grande dilema! Dependendo da ponte conseguíamos vencer esse problema com mais facilidade, mas às vezes era simplesmente colocar o cinto de segurança e rezar.

Pegamos também um pouco de chuva, o que não nos ajudou muito, pois os pneus já estavam bem desgastados. Ou seja, mesmo com tudo acionado, sambávamos adoidado e tivemos que reduzir ainda mais nossa velocidade, que já era de 15 km/h em média! Além disso, era bom saber que caso acontecesse alguma coisa, a cada 40 km tinha uma torre da Embratel, que teoricamente é quem mantém a estrada. mos por ali, . . ou seja, não sabemos até que ponto elas podem ser consideradas um “ponto de apoio”! Mas não tivemos problemas e encontramos lugares bacanas fora da estrada onde acampamos tranqüilos.

Graças a Deus conseguimos atravessar todas as pontes e depois de quatro dias chegamos ao Careiro  da Varzéa-AM  intactos, mas a cada travessia eram alguns quilos perdidos do nervoso que passamos. Em alguns casos, após a ponte tínhamos que parar para relaxar um pouco. A tensão foi grande, mas a felicidade também! Foi uma experiência e tanto e quando chegamos ao final da “intransitável” BR319 comemoramos com orgulho.


                                     
                                                       


Atravessar uma rodovia federal de 877km, ligando duas capitais e atravessando dois estados, pode ser uma situação rotineira, mas não quando se trata da BR 319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM). A estrada inaugurada na década de 1970 é o único acesso por via terrestre dos estados do centro sul para o estado do Amazonas. No entanto, não é utilizada porque é intransitável. Não há linhas de ônibus e nem mesmo os moradores locais se arriscam em  transitar pela rodovia que passa bem no meio da Floresta Amazônia.


 Essa foto foi tirada em frente ao único posto que encontramos pelo caminho com um detalhe
estava abandonado!

Nessa ponte não era possivél trafegar por ela pois ela estava para cair.

 Observem o buraco ao lado da ponte interditada!






Essa foto tirada na chegada do Castanho da Varzea .
 Essa parte da estrada está se deteriorando por causa das chuvas e do descaso
do governo federal.



 Esse caminhão é do exercito, estava carregado de areia e tentou passar por uma das
dezenas de pontes desgastadas da BR-319







Esse foi o pior trecho da viagem, pois o caminhão do exercito foi passar pela ponte ao lado
e a ponte quebrou então eles fizeram essa ponte com o resto das madeiras
das outra ponte que caiu.



Essa foi nossa primeira parada na primeira torre de Humaita para Manaus






















 Foto da saída de Humaitá-AM dia 23  7:15 manhã
 Foto da chegada ao Careiro-AM
 Essa é a realidade das pontes da Br-319



Balsa de Porto Velho-Humaitá no dia da saída 
da Expedição(Segunda Feira dia 22 de agosto
as 16:20





 Foto da Balsa do Careiro indo para Manaus -Dia 26/08 ás 08:00 horas













 Essa ponte deu medo de passar era 6:00 da manhã do dia 24 /08


 Um dos buracos da rodovia o fusca coube todinho dentro dele!



 Esses amigos argentinos nos deram um apoio na estrada.




 Uma das balsas que tivemos que atravessar
 Aventureiro é assim mesmo quando se encontram é uma festa, esses amigos motoqueiros
vieram de Alagoinha na Bahia , um grande abraço para nossos amigos baianos.
 Esse é um amigo do exercito brasileiro do 5ºBEC

 Esse é o estado que nosso fusca ficou quando chegou na cidade do Castanho no Amazonas.














 Esse lugar vale a pena visitar e o encontro das águas no rio amazonas e do rio negro











Mas você deve estar se perguntando, por quê a BR 319 é tão ruim de se transitar?

A BR 319 foi construída no final da década e 60 e início de 70 e inaugurada oficialmente em 1976 e tinha como objetivo ligar o estado do Amazonas a região centro-sul do país, por via terrestre.  Parecia um sonho, o trajeto de 877km entre Manaus e Porto Velho era feito em apenas 12 horas, em uma rodovia toda pavimentada.

Mas o bom estado de conservação durou pouco. Em menos de 10 anos, em boa parte da rodovia era impossível passar de 40km/h. A viagem entre as duas capitais de Rondônia e Manaus passaram a durar 36 horas. Em 1988 o trecho entre Humaitá e Careiros, foi considerado intransitável, levando ao abandono da rodovia até mesmo pelas pessoas que moravam ali.

A BR 319 passa por dentro da Floresta Amazônica e já durante a construção era possível prever que haveria problemas em sua manutenção. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura deTransportes (DNIT), o “trecho Careiro-Humaitá situa-se em região geológica sem similar no mundo, além de apresentar altíssimos índices pluviométricos. Devido à natureza dos solos, não era impossível a implantação de uma rodovia de acordo com os padrões clássicos. Além disso, era necessário transpor rios, igarapés e construir altos aterros para viabilizar a estrada, superando os altos preços dos serviços e a inexistência de cidades intermediárias para minimizar os problemas causados pela grande extensão do trecho”. Atualmente são considerados trafegáveis pelo DNIT os trechos entre Manaus (Km 0) até o km 255 e entre Humaitá (km 665) até Porto Velho (Km 870). 





Conseguimos passar dias antes desse casal de ingles, que infelizmente tiveram que ser
resgatados pela Marinha Brasileira. confira :




PATROCINADOR OFICIAL:




AGRADECIMENTOS:






Agradecimentos :





                                                                DE HUMAITA-AM


CLUBE DO FUSCA DE RONDÔNIA